segunda-feira, 4 de junho de 2007

A vida que eu vinha levando talvez não fosse vida. Apenas uma existência. Eu, como qualquer ser humano exijo demais, critico ao extremo e tolero quase que insignificantemente, como se não tivesse valor.

Tenho a cada segundo aproximadamente 3 bilhões de coisas para fazer, sempre temos coisas a fazer: metas, objetivos e anseios. E no meio desse turbilhão de informações, talvez antes, talvez depois, acho que me esqueci. É difícil lembrar de si mesmo, quando o importante é apenas ser bem-sucedido. Vivo nesse meio, tenho consciência disso, mas ser consciente não significa abandonar tudo e ir contra a maré, não se tem essa opção. Pelo menos por enquanto.

Feliz? Não sei responder. Mas estava tentando não pensar sobre esse lado observador que tenho sobre as coisas. Apenas fazendo o que se tem a fazer. Acontece que não se vive pela metade, tentamos a todo custo esconder as coisas que não queremos enxergar em nós, principalmente em nossa vida, também fiz isso. Eu estava indo muito bem até você aparecer.

Com esse jeito que encara as coisas de frente, que luta pelo o que quer e demonstra o que se sente, me fez pensar. E é por você que começo esse blog, espero que fique grato.

Sinto as pessoas tão perdidas, e no meio de todas elas você pareceu tão bem resolvido que fiquei assustada. Na hora não se percebe, mas agora na sua ausência começo acreditar em algumas coisas que pensei que fossem bobagens. Percebo que as convenções, são apenas maneiras de tentar simplificar as coisas, e que na verdade, não servem para nada.

Aconteceu, eu te amei naquele instante, e senti como se não fosse amor, senti indiferença. Uma indiferença que se pode sentir. Se alguma palavra pudesse descrever a nossa relação seria afinidade, pessoas afins. Amizade, com sentimento de irmã caçula que enche meus olhos de água toda vez que lembro de você. Talvez seja carência de irmãos, ausência de uma conversa mais profunda, olho no olho, sem nenhuma segunda intenção. Eu sinto sua falta.