quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Falamos de uma serenidade que nunca iremos alcançar, o ser humano é um eterno aflito. Somos projetados desde sempre para cumprir metas, e quando todas elas forem conquistadas finalmente nos tornaremos felizes e serenos, com a idéia de 'missão cumprida'.

A verdade é que ninguém se contenta com a estabilidade, a rotina. Sempre haverá algo dentro de nós que ficará descontente, e ficaremos com a sensação de que as coisas poderiam ser melhores, ou que faltam outras, a serenidade completa não existe.

Pessoas serenas se envolvem com pessoas aflitas e vice-versa, o que por fim torna-se algo equilibrado, não há como unir dois aflitos, por exemplo. As pessoas compartilham valores e sentimentos, e acabam por se apoiar umas nas outras. Os relacionamentos, em geral, são baseados em idéias como essa: inútil e confusa.

Há sempre algo que incomoda e nos faz repensar.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Sempre fico repetindo, nessas conversas íntimas que tenho comigo mesma, e cada vez mais tenho essa certeza: as pessoas confundem amor com tantas coisas. Não sei ao certo o que é o amor, mas eu sei o que não é.

Amor não é carência, não é posse. Pode até parecer "vontade de estar perto", mas pode ser apego ou dependência. Para amar alguém, a gente primeiro deve se sentir bem sozinho, ninguém nos completa, ninguém foi feito pra gente, não vamos colocar responsabilidades em cima de ombros alheios. De verdade.

Tornaríamos a vida mais leve se simplesmente deixássemos as coisas fluírem e vivêssemos. Não existe alma gêmea, isso é mito. Não existe par perfeito, muito menos pessoas perfeitas.

Temos que ser felizes sozinhos, e a vida pode sim continuar sem essa ou aquela pessoa, por que ela tem que continuar. Consegue entender?

(para uma pessoa especial)