sexta-feira, 29 de junho de 2007

O que lembro daqueles instantes é pouco, além de muitas coisas acrescentadas pela minha lembrança que já acostumada com filmes e novelas enfeita as situações de acordo com sua vontade.
Foi quando escutei aquela frase, não muito significativa, que você talvez nem tenha percebido ao falar, sim foi naquela frase que descobri, você me amava. Estávamos prestes a destruir a coisa mais linda que tínhamos.

Não interessando a intensidade do que sentíamos, no intimo sabia que de minha parte havia pouca participação naquilo, mas o fato de sentir já significava alguma coisa, alguma coisa que mais tarde eu saberia do que se tratava.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Estranha? Estou mesmo. Não consigo me sentir normal depois de tantas coisas que estou sentindo. Me dê um tempo para assimilar tudo isso e tentar enxergar oque está acontecendo na verdade, porque por enquanto prefiro ficar quieta e pensar.

Como é estranho crescer.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Não tenho desculpas, nem você. Fique com as suas, fico com as minhas.
Talvez seja um defeito ter esperança nas pessoas, ou será expectativas? Prefiro não pensar mais sobre isso, porque estou profundamente magoada, e nem sei o porque.

Precisamos de rumo, precisamos de persistência, acho que agora encontrei: quero sair daqui o quanto antes.

Já fui embora uma vez, voltei. Agora, quero ir denovo.
Sou exigente, sou rígida, qualquer porcaria dessas, e ainda não admito que a errada sou eu. Pode ser. Seja oque for.
Deveria ser mais otimista em relação a tudo, mas acho que não sou assim.

As pessoas apontam o tempo todo, oque você acha, pensa e faz. Tudo errado. Ótimo, então porque não começam a pensar em suas vidas? O fato de não estarmos de acordo com nossas idéias e verdades nos torna mais errados? Quem tem a razão?

Somos diferentes, pensamos diferente, cada um tem o seu motivo, e acabou. Ninguém vê o mundo do mesmo jeito, tem as mesmas experiências e conhece as mesmas pessoas. O primeiro passo para uma convivência saudável é o respeito, de opinião, gosto, espaço, essas coisas.

Por que antes de apontar, agente não observa? Por que antes de julgar, agente não aceita? As diferenças estão aí para nos ensinar, para mostrar que somos únicos, para haver troca. Logo agente estaria certo nesse mundo gigantesco? Porque?

As coisas seriam bem mais fáceis se todo mundo se respeitasse, tirasse preconceitos idiotas da cabeça, ou tivesse uma visão diferente, e como seriam.

sábado, 9 de junho de 2007

Não quero lamentar, juro. Conversar é a melhor coisa que existe, dar risada nem se fala. Apesar disso fico profundamente irritada. Fico mesmo.

O que me cansa, pra falar a verdade, é falar sem parar sobre todas as coisas, e rir sem nem ter tanta vontade assim. Não é depressão, não é mau-humor. Mas não consigo deixar de pensar nisso, não consigo. Não é preciso falar, falar, falar pra dizer alguma coisa, as pessoas não têm sempre coisas importantes pra dizer, então, com toda educação, cale a boca, por favor.

Se é engraçado? Claro que é. Tem certeza que esse seu humor é saudável? Que rir da desgraça de outras pessoas é divertido? Não sou muito reflexiva, mas isso me faz pensar. Humor deve ser uma coisa saudável, não macabra. Saiba do que está rindo.

O silêncio não é constrangedor, é um espaço vazio muito bem preenchido, obrigado. É vazio para quem é vazio por dentro, que não suporta o seu próprio silêncio. Antes um espaço vazio, a um espaço cheio de porcarias fúteis. Peço novamente, cale a boca.

Não quero tornar a vida um jogo de conversas que somente servem para passar o tempo, não preciso disso, acredito que você também. O tempo é muito passageiro para ser preenchido com futilidades como as suas, as minhas.

Se quiser falar, fale. Rir, também. Mas saiba o que se está fazendo.

(Suspiro)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

De que adianta a tão almejada solidão se não tenho a tua companhia?
Na verdade, a única pessoa que me completaria seria eu mesma. Mas acho que estou contigo. Enfim só. Enfim pensando sobre mim, mas já não consigo pensar muito tempo.

Enquanto eu aqui com a lareira, o sono, a coerência e a solidão, tu estarás em um boteco qualquer, em casa, ou com alguma garota. Estará falando porcarias, em silêncio, e às vezes lembrando de mim, do dia em que me conheceu, do que fizemos juntos, e do que não fizemos também, lembrando do seu amor secreto por mim, e agora sabendo que ele é recíproco.

O mundo é imenso, a cidade perdida, e a noite infinita, onde tantas coisas podem acontecer sem que eu esteja presente, pra te ver conversar, fazer amigos, ou estar do seu lado apenas, só por estar.
Você toma uma cerveja, enquanto fumo meu cigarro, estamos quietos, felizes por não ter mais nada para pensar, temos um ao outro, e isso é suficiente.

Depois fugiremos, da solidão, das pessoas, dos nossos medos e incertezas, e quando finalmente chegarmos lá, sentaremos cansados, você vai dizer algo que nunca disse antes, e eu vou dizer que sim, que é verdade tudo isso, vou sentir que estamos mais próximos, sentir que está me abraçando, beijando meu rosto.

Eu podia estar juntando moedas para comprar uma misera carteira de cigarros, mas estava feliz. Sabendo que não era pra sempre, mas que naquele dia eu fui eu. Apenas existi.

Quem sabe um dia lembrarei de você com carinho, pensando sobre nossa história, que poderia ter sido feliz, não fosse a vida ser tão complicada. Mas por enquanto só consigo pensar nas coisas feias que restaram.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Algumas pessoas vão ler oque escrevo aqui, algumas pessoas que talvez não me conheçam, outras que pensam me conhecer, mesmo sendo a favor da teoria de que ninguém se conhece realmente. Mas todas, mesmo sem muito empenho saberão um pouco mais sobre mim, com certeza.

Existem pessoas que fazem parte da minha vida, pessoas que convivem comigo, sabem como falo, como me comporto, ou quando me irrito, ou seja quase sempre, essas coisas. Pessoas que conversam comigo, freqüentam minha casa.

Existem pessoas que também fazem parte da minha vida, convivem da mesma forma, mas não falam comigo, algumas falam pouco, outras talvez nunca falaram. Não sabem muitas coisas a meu respeito ou sequer freqüentam minha casa. A semelhança é que também são importantes para mim.

Minha relação com essas pessoas é baseada no pensamento e na imaginação, criei uma imagem delas que provavelmente não seja verdadeira, montei cenas que jamais aconteceram e tive longas conversas com pessoas que nunca troquei uma palavra. Isso fez com que essas pessoas se tornassem minhas amigas.

Na vida real posso não olhar nos olhos, posso fingir não existir, mas elas existem, dentro de mim. Enquanto elas estão distraídas eu as observo, apartir daí formo minhas proprias concepções. Sim, elas estão ali, elas existem e são reais, mesmo que para mim fique só na imaginação.

Talvez quem está lendo essas linhas nesse momento seja um amigo e nem saiba, talvez já frequentou minha casa, já escutou minhas músicas e assistiu filmes comigo, sem saber. Gostaria de dizer à essas pessoas que nossas conversas silenciosas são adoráveis, e que um dia podem vir a acontecer de verdade, e podem ter certeza que eu espero por esse dia ansiosamente.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

A vida que eu vinha levando talvez não fosse vida. Apenas uma existência. Eu, como qualquer ser humano exijo demais, critico ao extremo e tolero quase que insignificantemente, como se não tivesse valor.

Tenho a cada segundo aproximadamente 3 bilhões de coisas para fazer, sempre temos coisas a fazer: metas, objetivos e anseios. E no meio desse turbilhão de informações, talvez antes, talvez depois, acho que me esqueci. É difícil lembrar de si mesmo, quando o importante é apenas ser bem-sucedido. Vivo nesse meio, tenho consciência disso, mas ser consciente não significa abandonar tudo e ir contra a maré, não se tem essa opção. Pelo menos por enquanto.

Feliz? Não sei responder. Mas estava tentando não pensar sobre esse lado observador que tenho sobre as coisas. Apenas fazendo o que se tem a fazer. Acontece que não se vive pela metade, tentamos a todo custo esconder as coisas que não queremos enxergar em nós, principalmente em nossa vida, também fiz isso. Eu estava indo muito bem até você aparecer.

Com esse jeito que encara as coisas de frente, que luta pelo o que quer e demonstra o que se sente, me fez pensar. E é por você que começo esse blog, espero que fique grato.

Sinto as pessoas tão perdidas, e no meio de todas elas você pareceu tão bem resolvido que fiquei assustada. Na hora não se percebe, mas agora na sua ausência começo acreditar em algumas coisas que pensei que fossem bobagens. Percebo que as convenções, são apenas maneiras de tentar simplificar as coisas, e que na verdade, não servem para nada.

Aconteceu, eu te amei naquele instante, e senti como se não fosse amor, senti indiferença. Uma indiferença que se pode sentir. Se alguma palavra pudesse descrever a nossa relação seria afinidade, pessoas afins. Amizade, com sentimento de irmã caçula que enche meus olhos de água toda vez que lembro de você. Talvez seja carência de irmãos, ausência de uma conversa mais profunda, olho no olho, sem nenhuma segunda intenção. Eu sinto sua falta.

algumas palavras soltas

Te amo, difícil começar assim? Escrevo de um lugar que não tem começo, muito menos fim.

Pela primeira vez este ano estou chorando de verdade, chorando como chorava há tempos atrás, como uma menina. Lágrimas puras e sem nenhum motivo plausível ou uma resposta coerente. Posso não ser tão sutil, tão rebuscada, mas tenho meus méritos. Posso ser até bem direta, posso até ser difícil de entender.

Não tenho nenhum motivo aparente para estar escrevendo, mas será preciso? Apenas instinto. Uma necessidade de escrever sobre as coisas que me faz vir até aqui. Cá estou.

O que aconteceu? Acho que foi a comunicação, ou quem sabe o carinho? Não sei o que aconteceu. Apenas sei que ao te olhar, precisei escrever. Escrever sobre o que não sinto, o que não quero sentir, o que não sei se sinto. Não quero ser piegas, mas também não quero me enganar, você mexeu comigo, disso eu tenho certeza.