segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Tenho absoluta certeza de que somos pessoas perdidas no nada existencial. Não fazemos idéia, nem se quer temos certeza sobre algo real.

Apenas deixando as coisas decidirem o curso pelo qual devemos seguir, sem ao menos saber se é o certo, se é o que realmente queremos.

Preferimos não pensar a respeito das coisas, mas no fundo sabemos que esse esforço é em vão, a realidade não se esconde a qualquer preço.

Mas como a vida quis, por fatalidade, comodidade ou qualquer explicação insuficiente que poderemos dar, estamos aí esperando por qualquer coisa, por qualquer experiência, sem saber ao certo onde vamos chegar.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Estonteantemente belo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Aproveite bem as coisas, e todas as situações que forem apresentadas a você. Não pense que estaria melhor se estivesse com aquela pessoa, em outro lugar. Sei que você pensa assim. Mas saiba que você está exatamente onde deveria estar, e tudo isso é resultado de suas escolhas e atitudes.

Pode não ser o momento mais feliz, nem o mais desejado, mas aprenda a valorizar as coisas que possui, e principalmente as pessoas que tem. Não se questione, sempre achamos que tudo poderia ser melhor, mas o melhor está ao seu lado, e é ele que você deve aproveitar.

Faça isso, farei o mesmo, pensarei em você algumas vezes, mas nada muito prolongado, caso comece a duvidar de que estou no lugar certo. Estarei apenas respirando, e a cada respiração esquecendo um pouco de sua existência em minha vida, que nunca deveria ter acontecido.

Observe como tem agido ultimamente, as coisas que tem pensado, falado, e depois se arrependa, se precisar chore, coloque para fora todas suas mágoas e inseguranças, tambem farei o mesmo.

Não irei, nem quero fazer você entender coisas que são simples, não posso escolher por ninguém, quero que apenas pense sobre suas escolhas e a partir de agora comece a enfrentá-las.



Quando quiser pensar em mim escute "Brothers In Arms” do Dire Straits.

Nota: post de Segunda-feira, 6 de Agosto de 2007

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Infinitas coisas acontecem em pouco tempo, não compreendo esse ritmo acelerado, exausta, tento encontrar algum sentido em todas informações que recebo diariamente. Há algum fundamento nisso?

Será que pensamos as coisas certas? E onde iremos chegar com nossas convicções precipitadas? Não acredito em um futuro próspero, não sem saber realmente onde queremos parar. A espera se tornou rara, há uma ansiedade geral. Existe uma necessidade de coisas prontas, e como você sabe, certas coisas precisam de tempo.

Por qual razão devemos funcionar dessa maneira? Esse comportamento mudará o destino das coisas?

Essa situação incomoda, faz com que agente se sinta sempre perdendo, seja para o tempo, para as pessoas, tudo passa muito rápido e ficamos confusos com o que acabamos de presenciar.

O que é realmente sólido foi construído com cautela. Por que tentamos criar coisas sólidas, se sabemos que elas ocorrem naturalmente? Não podemos controlar tudo. Enquanto compensamos esse vazio emocional, intelectual e existencial com insignificâncias e superficialidades.

O fato é que esse funcionamento não é opcional, simplesmente somos jogados em situações que não sabemos ao certo qual a melhor forma de lidar, os fatos ocorrendo e sim, eles já se foram para não mais voltar, continuo exausta e tentando me encontrar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ontem foi um dia estranho, fiz coisas que nunca tinha feito, fui a lugares que nunca imaginei pisar, ontem, que não foi ontem, nunca existiu.

sábado, 20 de outubro de 2007

'O planeta inteiro esta em dificuldades. Esta é uma época difícil da historia. A terra foi muito maltratada durante um período longo demais sem que se considerasse a possibilidade de graves conseqüências. Armas, ganância, materialismo e gosto pela destruição tornaram-se o novo catecismo da vida, o mantra de gerações cuja meditação sobre o sentido da vida está perigosamente distorcida.

Acredito que em breve a Terra vá corrigir esses erros. Por causa do que a humanidade fez, haverá terríveis terremotos, inundações, erupções vulcânicas e outras catástrofes naturais numa escala nunca vista. Por causa do que a humanidade esqueceu, haverá uma enorme quantidade de vitimas.

Sei que isso vai acontecer. De que outra maneira fazer as pessoas despertarem? Qual é a outra maneira de ensinar a respeito da natureza e a necessidade de espiritualidade?'

Elizabeth Kubler-Ross

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Preciso muito daquela conversa, você não faz idéia.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Quer um conselho? Leve a sério tudo o que falo, por mais que pareça infantil e paranóico.

Não estou brincando, e pode ter certeza de que não foi nada engraçado, pode ser que para você também não tenha sido, mas de qualquer forma estou aqui para aconselhar.

Não seja indiferente com os outros, nem tente ser comigo.

Enquanto você vai se perdendo em suas freqüências nojentas e ilusórias, estou tentando juntar todas as partes que me foram apresentadas, estou cansada, elas não querem se encontrar.

As coisas estão aí e quem escolhe é a gente, espero sinceramente que faça a escolha certa, e que saiba exatamente o que você está fazendo, e com quem.

Apesar das peças não se encaixarem, sei que por algum motivo isso acontece, e que na hora certa elas estarão no seu devido lugar, pode ter certeza, as coisas ficarão a favor de quem realmente merece.

Não conhecemos as pessoas por acaso, espero que entenda o que estou falando. Pense bem no que vai fazer.

domingo, 30 de setembro de 2007

Sem arrependimentos e explicações, estamos combinados?

Não ouvirei nada, não quero falar sobre isso, muito menos saber o que se passa por aí. Não quero sequer imaginar, para depois me decepcionar?

Não vou saber se vai lembrar e se vai sentir saudade, até então estava tudo bem, que eu soubesse, claro.

Com meia frase a minha insegurança vem à tona, e a falta de confiança nas pessoas se torna mais evidente. Não acredito, não confio, e o pior: não quero saber, por mais que se prove o contrario, não vou acreditar. Ou vou? Melhor nem tentar.

Obrigada.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Tudo o que não é compreendido, é digno de ser odiado. Eu odeio, por que não consigo compreender, por que está acima do meu alcance entender ou aceitar, sinto muito por apenas odiar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Sem paciência para dar voltas e voltas, ou porque simplesmente não consigo. Você vem em minha mente, sinto um aperto no coração e sem mérito nenhum digo agora que te amo.

É como não saber ao certo se é amor, se é posse, se é carinho, com duvidas e idéias mesquinhas, acabei perdendo por medo de chorar.

Poderia ter chorado menos se não fosse tão covarde.

Agora, depois de estragar tudo o que poderia ter sido e despertar sentimentos que não me eram necessários, vejo que todas as coisas são possibilidades e, como todas as outras, podem ou não dar certo, mas o receio do fim foi mais forte.

Desculpe-me a ingenuidade, ou a falta de clareza, mas eu estava o tempo todo tentando dizer, o que agora você já sabe.

Porém, não posso permitir que a minha vida se torne a sua espera, não posso permitir que você faça meus dias mais tristes e que sua ausência se torne algo doloroso, não posso, mesmo que isso acabe por acontecer.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Não, você não foi esquecido, e que isto fique bem claro.
Você me persegue em vários lugares, e toda vez que me olha finjo não perceber, dizendo para mim mesma que você não é importante.

Conversar contigo é uma coisa complicada, pois você me faz enxergar coisas que não quero, coisas que me afastam da criatividade, da leveza e do bom-humor.

Mesmo depois de tanto tempo, acabo voltando previsivelmente para ti e escutando as tuas dolorosas verdades, soluço e pergunto se devo, você me responde o que eu já previa. Te abraço com carinho e sigo novamente meu caminho, de onde nunca deveria ter me perdido.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Falamos de uma serenidade que nunca iremos alcançar, o ser humano é um eterno aflito. Somos projetados desde sempre para cumprir metas, e quando todas elas forem conquistadas finalmente nos tornaremos felizes e serenos, com a idéia de 'missão cumprida'.

A verdade é que ninguém se contenta com a estabilidade, a rotina. Sempre haverá algo dentro de nós que ficará descontente, e ficaremos com a sensação de que as coisas poderiam ser melhores, ou que faltam outras, a serenidade completa não existe.

Pessoas serenas se envolvem com pessoas aflitas e vice-versa, o que por fim torna-se algo equilibrado, não há como unir dois aflitos, por exemplo. As pessoas compartilham valores e sentimentos, e acabam por se apoiar umas nas outras. Os relacionamentos, em geral, são baseados em idéias como essa: inútil e confusa.

Há sempre algo que incomoda e nos faz repensar.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Sempre fico repetindo, nessas conversas íntimas que tenho comigo mesma, e cada vez mais tenho essa certeza: as pessoas confundem amor com tantas coisas. Não sei ao certo o que é o amor, mas eu sei o que não é.

Amor não é carência, não é posse. Pode até parecer "vontade de estar perto", mas pode ser apego ou dependência. Para amar alguém, a gente primeiro deve se sentir bem sozinho, ninguém nos completa, ninguém foi feito pra gente, não vamos colocar responsabilidades em cima de ombros alheios. De verdade.

Tornaríamos a vida mais leve se simplesmente deixássemos as coisas fluírem e vivêssemos. Não existe alma gêmea, isso é mito. Não existe par perfeito, muito menos pessoas perfeitas.

Temos que ser felizes sozinhos, e a vida pode sim continuar sem essa ou aquela pessoa, por que ela tem que continuar. Consegue entender?

(para uma pessoa especial)

terça-feira, 31 de julho de 2007

Pra te ver
Eu vou a pé, vou de avião
E num abraço de irmão
Perder o medo de perder
O nosso pouco que sobrou

sim, só o sincerismo salva.

sábado, 28 de julho de 2007

Fico irritada, profundamente irritada. Comigo mesma, com a vida, com as situações, não é possível chegar a alguma conclusão depois de tudo. Fico pensando o porque, mas acabo me perdendo afinal.

A mente pode ser tão complicada às vezes, rolou, entende? Rolou tanto que fiquei sem ter o que falar. Não foi assim que planejei.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Não finja não me ver ao passar por mim, você finge tantas coisas que me deixa confusa. Uma mistura infantil de maturidade que sei que existe. Também não sou boba, sei muito mais do se pensa, porém escondo muito bem minhas fraquezas, assim como você.

Não estou a sua espera, pelo contrário evito sua presença. São tantas coisas passando pela minha cabeça que me perco, entre inúmeras culpas internas e anseios, escolho fugir. Foi uma bela herança que recebi, antes a raiva, agora o medo. E o que se faz quando se tem medo? Fugir.

Não me desafie com suas atitudes, admito meus erros e posso enxergar as coisas como elas são, pois eu penso antes de tudo. Essa foi a minha decisão. A vida fez agente se encontrar, com isso você deve concordar, o desfecho da história depende muito. Mas preciso muito daquela conversa, você não faz idéia.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Frases sem sentido, textos sem nexo. Só para confundir. Só para despertar curiosidade, afinal quem realmente merece saber o que se passa por aqui? Você compreenderia de verdade? Entenderia o meu lado? Gostaria de saber.
Putas palavras de efeito sonoro complicado. Vida estranha cheia de caminhos comuns fáceis de perseguir. Entrelinhas escritas no ar que somente os mais inteligentes percebem. Ações que supostamente são reais. Desvio de olhares inquietos. Palavras ditas ao longe. Transmissão de pensamento. Toques sutis de grande significado. Ausência até então presente. Carência disfarçada. Necessidade de maior aproximação. Telefone desligado. Valorização extremada de coisas simples. Excesso de pensamentos desnecessários. Reconhecimento de imaturidade. Humildade. Desvios de pensamento, distrações. Falta de parágrafos. Desencontros. Bebida doce. Beijos confusos. Palavras soltas. Livros interessantes. Dependências em geral. Companhia imposta. Falta de paciência. Insônia. Atitudes impensadas. Ausência de conversas. Telefone ocupado. Crônicas cotidianas. Tentativa de encaixe. Procura de respostas. Atitudes sensatas. Espera.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Use e abuse do respeito que tenho por você, vá em frente. Não discutirei mais, optei pela resignação e acredito que assim será melhor, você quer que alimentem suas discussões, quer gritar alto, bater nas portas, pois faça isso, só.

Use e abuse de sua autoridade perante minha pessoa, faça isso. Mande, obrigue, repreenda. Faça tudo que desejar, descarregue em mim suas incertezas intimas, e assim garanto que se sentirá melhor. Jogue para cima todo ódio que sente por si mesmo. Vá em frente.

Apoio totalmente suas atitudes, no seu lugar faria o mesmo. Apenas gostaria de lembrar que elas podem ter retorno, que as coisas podem ser bem mais sutis do que parecem. Não sabemos de que forma ele se apresentará, nem quando, só quero que saiba que chorar não adiantará.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

O que lembro daqueles instantes é pouco, além de muitas coisas acrescentadas pela minha lembrança que já acostumada com filmes e novelas enfeita as situações de acordo com sua vontade.
Foi quando escutei aquela frase, não muito significativa, que você talvez nem tenha percebido ao falar, sim foi naquela frase que descobri, você me amava. Estávamos prestes a destruir a coisa mais linda que tínhamos.

Não interessando a intensidade do que sentíamos, no intimo sabia que de minha parte havia pouca participação naquilo, mas o fato de sentir já significava alguma coisa, alguma coisa que mais tarde eu saberia do que se tratava.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Estranha? Estou mesmo. Não consigo me sentir normal depois de tantas coisas que estou sentindo. Me dê um tempo para assimilar tudo isso e tentar enxergar oque está acontecendo na verdade, porque por enquanto prefiro ficar quieta e pensar.

Como é estranho crescer.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Não tenho desculpas, nem você. Fique com as suas, fico com as minhas.
Talvez seja um defeito ter esperança nas pessoas, ou será expectativas? Prefiro não pensar mais sobre isso, porque estou profundamente magoada, e nem sei o porque.

Precisamos de rumo, precisamos de persistência, acho que agora encontrei: quero sair daqui o quanto antes.

Já fui embora uma vez, voltei. Agora, quero ir denovo.
Sou exigente, sou rígida, qualquer porcaria dessas, e ainda não admito que a errada sou eu. Pode ser. Seja oque for.
Deveria ser mais otimista em relação a tudo, mas acho que não sou assim.

As pessoas apontam o tempo todo, oque você acha, pensa e faz. Tudo errado. Ótimo, então porque não começam a pensar em suas vidas? O fato de não estarmos de acordo com nossas idéias e verdades nos torna mais errados? Quem tem a razão?

Somos diferentes, pensamos diferente, cada um tem o seu motivo, e acabou. Ninguém vê o mundo do mesmo jeito, tem as mesmas experiências e conhece as mesmas pessoas. O primeiro passo para uma convivência saudável é o respeito, de opinião, gosto, espaço, essas coisas.

Por que antes de apontar, agente não observa? Por que antes de julgar, agente não aceita? As diferenças estão aí para nos ensinar, para mostrar que somos únicos, para haver troca. Logo agente estaria certo nesse mundo gigantesco? Porque?

As coisas seriam bem mais fáceis se todo mundo se respeitasse, tirasse preconceitos idiotas da cabeça, ou tivesse uma visão diferente, e como seriam.

sábado, 9 de junho de 2007

Não quero lamentar, juro. Conversar é a melhor coisa que existe, dar risada nem se fala. Apesar disso fico profundamente irritada. Fico mesmo.

O que me cansa, pra falar a verdade, é falar sem parar sobre todas as coisas, e rir sem nem ter tanta vontade assim. Não é depressão, não é mau-humor. Mas não consigo deixar de pensar nisso, não consigo. Não é preciso falar, falar, falar pra dizer alguma coisa, as pessoas não têm sempre coisas importantes pra dizer, então, com toda educação, cale a boca, por favor.

Se é engraçado? Claro que é. Tem certeza que esse seu humor é saudável? Que rir da desgraça de outras pessoas é divertido? Não sou muito reflexiva, mas isso me faz pensar. Humor deve ser uma coisa saudável, não macabra. Saiba do que está rindo.

O silêncio não é constrangedor, é um espaço vazio muito bem preenchido, obrigado. É vazio para quem é vazio por dentro, que não suporta o seu próprio silêncio. Antes um espaço vazio, a um espaço cheio de porcarias fúteis. Peço novamente, cale a boca.

Não quero tornar a vida um jogo de conversas que somente servem para passar o tempo, não preciso disso, acredito que você também. O tempo é muito passageiro para ser preenchido com futilidades como as suas, as minhas.

Se quiser falar, fale. Rir, também. Mas saiba o que se está fazendo.

(Suspiro)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

De que adianta a tão almejada solidão se não tenho a tua companhia?
Na verdade, a única pessoa que me completaria seria eu mesma. Mas acho que estou contigo. Enfim só. Enfim pensando sobre mim, mas já não consigo pensar muito tempo.

Enquanto eu aqui com a lareira, o sono, a coerência e a solidão, tu estarás em um boteco qualquer, em casa, ou com alguma garota. Estará falando porcarias, em silêncio, e às vezes lembrando de mim, do dia em que me conheceu, do que fizemos juntos, e do que não fizemos também, lembrando do seu amor secreto por mim, e agora sabendo que ele é recíproco.

O mundo é imenso, a cidade perdida, e a noite infinita, onde tantas coisas podem acontecer sem que eu esteja presente, pra te ver conversar, fazer amigos, ou estar do seu lado apenas, só por estar.
Você toma uma cerveja, enquanto fumo meu cigarro, estamos quietos, felizes por não ter mais nada para pensar, temos um ao outro, e isso é suficiente.

Depois fugiremos, da solidão, das pessoas, dos nossos medos e incertezas, e quando finalmente chegarmos lá, sentaremos cansados, você vai dizer algo que nunca disse antes, e eu vou dizer que sim, que é verdade tudo isso, vou sentir que estamos mais próximos, sentir que está me abraçando, beijando meu rosto.

Eu podia estar juntando moedas para comprar uma misera carteira de cigarros, mas estava feliz. Sabendo que não era pra sempre, mas que naquele dia eu fui eu. Apenas existi.

Quem sabe um dia lembrarei de você com carinho, pensando sobre nossa história, que poderia ter sido feliz, não fosse a vida ser tão complicada. Mas por enquanto só consigo pensar nas coisas feias que restaram.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Algumas pessoas vão ler oque escrevo aqui, algumas pessoas que talvez não me conheçam, outras que pensam me conhecer, mesmo sendo a favor da teoria de que ninguém se conhece realmente. Mas todas, mesmo sem muito empenho saberão um pouco mais sobre mim, com certeza.

Existem pessoas que fazem parte da minha vida, pessoas que convivem comigo, sabem como falo, como me comporto, ou quando me irrito, ou seja quase sempre, essas coisas. Pessoas que conversam comigo, freqüentam minha casa.

Existem pessoas que também fazem parte da minha vida, convivem da mesma forma, mas não falam comigo, algumas falam pouco, outras talvez nunca falaram. Não sabem muitas coisas a meu respeito ou sequer freqüentam minha casa. A semelhança é que também são importantes para mim.

Minha relação com essas pessoas é baseada no pensamento e na imaginação, criei uma imagem delas que provavelmente não seja verdadeira, montei cenas que jamais aconteceram e tive longas conversas com pessoas que nunca troquei uma palavra. Isso fez com que essas pessoas se tornassem minhas amigas.

Na vida real posso não olhar nos olhos, posso fingir não existir, mas elas existem, dentro de mim. Enquanto elas estão distraídas eu as observo, apartir daí formo minhas proprias concepções. Sim, elas estão ali, elas existem e são reais, mesmo que para mim fique só na imaginação.

Talvez quem está lendo essas linhas nesse momento seja um amigo e nem saiba, talvez já frequentou minha casa, já escutou minhas músicas e assistiu filmes comigo, sem saber. Gostaria de dizer à essas pessoas que nossas conversas silenciosas são adoráveis, e que um dia podem vir a acontecer de verdade, e podem ter certeza que eu espero por esse dia ansiosamente.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

A vida que eu vinha levando talvez não fosse vida. Apenas uma existência. Eu, como qualquer ser humano exijo demais, critico ao extremo e tolero quase que insignificantemente, como se não tivesse valor.

Tenho a cada segundo aproximadamente 3 bilhões de coisas para fazer, sempre temos coisas a fazer: metas, objetivos e anseios. E no meio desse turbilhão de informações, talvez antes, talvez depois, acho que me esqueci. É difícil lembrar de si mesmo, quando o importante é apenas ser bem-sucedido. Vivo nesse meio, tenho consciência disso, mas ser consciente não significa abandonar tudo e ir contra a maré, não se tem essa opção. Pelo menos por enquanto.

Feliz? Não sei responder. Mas estava tentando não pensar sobre esse lado observador que tenho sobre as coisas. Apenas fazendo o que se tem a fazer. Acontece que não se vive pela metade, tentamos a todo custo esconder as coisas que não queremos enxergar em nós, principalmente em nossa vida, também fiz isso. Eu estava indo muito bem até você aparecer.

Com esse jeito que encara as coisas de frente, que luta pelo o que quer e demonstra o que se sente, me fez pensar. E é por você que começo esse blog, espero que fique grato.

Sinto as pessoas tão perdidas, e no meio de todas elas você pareceu tão bem resolvido que fiquei assustada. Na hora não se percebe, mas agora na sua ausência começo acreditar em algumas coisas que pensei que fossem bobagens. Percebo que as convenções, são apenas maneiras de tentar simplificar as coisas, e que na verdade, não servem para nada.

Aconteceu, eu te amei naquele instante, e senti como se não fosse amor, senti indiferença. Uma indiferença que se pode sentir. Se alguma palavra pudesse descrever a nossa relação seria afinidade, pessoas afins. Amizade, com sentimento de irmã caçula que enche meus olhos de água toda vez que lembro de você. Talvez seja carência de irmãos, ausência de uma conversa mais profunda, olho no olho, sem nenhuma segunda intenção. Eu sinto sua falta.

algumas palavras soltas

Te amo, difícil começar assim? Escrevo de um lugar que não tem começo, muito menos fim.

Pela primeira vez este ano estou chorando de verdade, chorando como chorava há tempos atrás, como uma menina. Lágrimas puras e sem nenhum motivo plausível ou uma resposta coerente. Posso não ser tão sutil, tão rebuscada, mas tenho meus méritos. Posso ser até bem direta, posso até ser difícil de entender.

Não tenho nenhum motivo aparente para estar escrevendo, mas será preciso? Apenas instinto. Uma necessidade de escrever sobre as coisas que me faz vir até aqui. Cá estou.

O que aconteceu? Acho que foi a comunicação, ou quem sabe o carinho? Não sei o que aconteceu. Apenas sei que ao te olhar, precisei escrever. Escrever sobre o que não sinto, o que não quero sentir, o que não sei se sinto. Não quero ser piegas, mas também não quero me enganar, você mexeu comigo, disso eu tenho certeza.