terça-feira, 19 de maio de 2009

E a crítica mordaz fez-se novamente. Estamos cercados de ditadores, falo sério. Não foram poucos comentários, mas muitos, afirmando que Marisa Monte enlouqueceu, pirou, se vendeu, não tinha mais o que falar, por cantar uma música que cita nomes de comidas, mais precisamente doces. O que tem de tão revoltante? Músicas consideradas decentes só falam de anseios amorosos e, quando muito, manifestações políticas. Por que não comida?

O nome da música é ‘Não é Proibido’. Veja que bonito. Marisa, ao final de sua carreira, canta uma musica que em sua maior parte, cita doces. Naturalmente causou ódio, indignação e repulsa naqueles mais desavisados. É lógico que comidas não são proibidas, muito menos doces. Acontece que depois de um certo tempo cansamos do que é proibido, o proibido é trabalhoso. Por que então, não nos divertirmos com o que nos é acessível e permitido?

Mas ainda vou lhes contar um segredo: a musica é irônica. ‘Traz todo mundo, tá liberado, é só chegar. Traz toda a gente, tá convidado, é pra dançar’. Calma, não crucifiquem Marisa. Os doces dela não são proibidos como outros tantos espalhados por aí, e nem por isso deixam de ser alegres e divertidos. E como ela mesma canta: ‘Não precisa bancar o bacana’.