segunda-feira, 6 de abril de 2009

Tenho observado, há bastante tempo, que existem muitas pessoas se utilizando de suas opções sexuais como motivo para vulgarização de suas palavras e justificação de suas atitudes grosseiras. Sem opção sexual especifica, cito heterossexuais, homossexuais, bissexuais, seja lá o que for, são tantas opções e apenas dois sexos.

É estranha a confusão que as pessoas criam para poder se encaixar em algum conceito, seja ele qual for. Elas parecem até querer e gostar dos rótulos que lhes são atribuídos. Os conceitos que devem se encaixar nas pessoas, não o contrário. Tenho notado, de forma gritante, que a liberdade sexual está se confundindo com liberdade de caráter.

Às vezes, se está ‘a favor’ da maré e acredita-se ter algumas vantagens por isso. Mas, penso, que as coisas funcionem de outra forma. Para ser homem heterossexual, por exemplo, são necessários várias pré-disposições, quesitos e cumprimento de certos padrões de comportamento. E saiba que independente da posição que você estiver, do lado que estiver, você terá que cumprir convenções. Temos consciência do quão desgastante é tentar se encaixar nos padrões a qualquer custo?

Outras vezes se está ‘contra’ a maré, contra pelo simples fato de não se ter a opção que é considerada a mais correta. Estar contra já é difícil e complexo, pelo simples fato de estar. Mas se extrapola, para variar. Só por que se está contra a maré em um determinado ponto, é preciso escancarar todas as portas e janelas e fazer o que bem entende com o resto, jogar valores e princípios pro alto?

Inversão de valores em todas as posições. Distorção de liberdade sexual, principalmente. Cada opção com sua dor e com o seu peso de existir. Cada um com suas confusões e inseguranças. Cada um agindo apenas, sem pensar, tantas vezes. Cada um existindo, aceitando e não questionando nada sobre si mesmo, sobre o mundo que nos cerca e sobre a sociedade complicada em que vivemos. Quais os valores que estamos pregando? De que maneira estamos agindo? Quais as sementes que estamos plantando, afinal?