quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Olhei por cima algumas postagens antigas deste blog, fiquei extasiada com a quantidade de merdas que já pensei e escrevi, mais ainda com a quantidade de erros de Português contidos nos textos. Eu, como estudante fervorosa de Letras, não me culpo por não saber todas as regras chatas do nosso Português Brasileiro, pois tenho consciência de que tudo isso não é uma falha somente minha, na verdade sou apenas o resultado de uma seqüência de acontecimentos históricos e sociais sofridos por nossa população em geral. Portanto, considero incoerente julgar alguém que escreva errado, quando na verdade isto só confirma as falhas e a falta de sentido nos métodos de ensino de língua atuais, pois, se caso fossem eficientes, todos nós escreveríamos muito bem, obrigado.

Os alunos de ensino médio e fundamental que escrevem um pouco melhor que a média, em sua maioria, é por simples interesse particular, enquanto aqueles que dependem do estímulo da escola encontram-se perdidos entre verbos e conjugações. Aprende-se a escrever um pouco mais ‘corretamente’ na faculdade, e isso é uma vergonha, digo isso como estudante de Letras, quanto aos outros cursos não faço idéia. O que vale a pena lembrar é que a língua é um instrumento de comunicação e a escrita uma forma de sua utilização que, obviamente, exige o uso de convenções pré-estabelecidas, caso contrário cada pessoa escreveria da maneira que quisesse.

O ponto é: a supervalorização das convenções, pois, é sempre bom lembrar que embora elas existam, o que importa realmente é o conteúdo dos textos. Já vi professores no Ensino Médio criticando alguns escritores e cronistas pelos erros de Português presentes nos livros, jornais, revistas. Tudo bem, mas estes livros, jornais, revistas provavelmente tenham um corretor ortográfico exclusivamente pago para essa função, e não é que ele erra e não percebe também? Essa tendência geral de não dar crédito para quem comete erros de português é totalmente preconceituosa, temos tantas pessoas sensíveis e com tantas coisas legais para dizer, mas que muitas vezes não são levadas a sério por sua maneira de escrever e, juro, é assim mesmo que acontece. Analisando dessa forma, as convenções da escrita ao contrário de facilitar, dificultam.

Obs: Eu não sei tirar férias.