segunda-feira, 28 de abril de 2008

“A necessidade de aproximação, e a espera pelo momento certo. Um contém o desejo, o outro evita. Não palavras há para descrever a situação. Alguns momentos são assim, tão complexos e perfeitos que as palavras não justificam. Mãos dadas, o contato. O cuidado para não se deixar descobrir, ao mesmo tempo o querer ser descoberto. Mãos que tocam o rosto...

Naquele curto espaço de tempo foram apenas dois, sem permitir que pensamentos, pessoas, lugares interferissem naquilo. O pedido de afeto, a recusa inicial, que aos poucos deixa de resistir e acaba por ceder. Por que resistir? Sabe-se da situação real, mas não se deve ser racional agora. Sim, a sedução barata fez parte daquilo, porém foi um momento verdadeiro. Pelo menos para ela.”

T.C.