Vingar em muitas condições, para não dizer em todas, é bom. O que estraga é o lado cristão ortodoxo no qual nos remete imediatamente ao sentimento de culpa. Sim, as leituras de auto ajuda e as frases de caminhão inevitavelmente respingam em nossas cabeças medíocres. Vingar completa, eleva. Vingar vem do desejo de fazer sentir da mesma forma que sentimos outrora, para que, a vítima, após esse sentir doloroso, tenha o reconhecimento do seu erro e, assim, poderemos perdoar aliviados, satisfeitos. Vingar deprime o suficiente para rir sarcasticamente. Desacomada o tanto necessário para distrair da chata vida cotidiana. Vingar é importante, ou melhor, necessário. Vingar é entregar a alma ao diabo, e, convenhamos, nada melhor e mais excitante do que acolher o depravado em nosso próprio corpo.
terça-feira, 22 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Não é preciso nostalgia para se criar poesia bonita. A qualidade é uma classificação muito subjetiva para muitas coisas diferentes.
Não creio no obvio. A obviedade não é comovente. O sofrimento comovente é inventado, manipulado e cultivado. Todos os dias, desde o acordar até ao dormir, papéis se tapeiam ao se revestirem e travestirem de verdades. Ora entristecendo, ora alegrando. Emoções falsas, forjadas, sociais. Revoltas inexplicáveis e alegrias implacáveis: mentiras. Calúnias adaptadas, embustes apropriados, apenas o apre(e)ndido.
Assinar:
Postagens (Atom)