Alisamos nossos cabelos, pintamos nossas unhas, entupimos com maquiagens nossos poros. Exercitamos os músculos até crescerem tanto que não conseguimos nos movimentar com naturalidade, usamos sapatos de salto alto e calças jeans apertadas... Estamos tão acostumados a lutar contra nossa natureza que os desconfortos e incômodos já fazem parte das nossas vidas. Apertos, sensações de inadequação se tornaram aqueles nossos companheiros mais trabalhosos...
Nossa sorte, ou nosso azar, é o fato certeiro de que tudo aquilo que procura quebrar, mascarar, modificar a natureza das coisas dura muito, muito pouco tempo. É a realidade gritando conosco: - Parem! Parem agora de fingir esperteza e superioridade por apenas possuírem inteligência mais aguçada!
De que adianta ser o animal ‘questionador’ da natureza, se tudo o que fazemos é negar a existência dela dentro em nós?
Quando catamos os destroços de tudo àquilo que foi instituído sobre como ser homem e como ser mulher na sociedade em que nos encontramos, o estomago embrulha rude e grosseiramente. Até que ponto viemos nos mantendo aos trancos?
Dia desses me permiti experimentar parar de lutar contra tudo isso. Sim, me permiti em anos ser aquilo que de fato sou: um bicho, de cabelo emaranhado, unhas sujas e dentes estragados, sem enfeites nem confetes. Foi quando percebi que toda energia que é despendida diariamente para lutar contra minha natureza cansa muito e dura um tempo insignificante comparado à quantidade de esforço.
Quando catamos os destroços de tudo àquilo que foi instituído sobre como ser homem e como ser mulher na sociedade em que nos encontramos, o estomago embrulha rude e grosseiramente. Até que ponto viemos nos mantendo aos trancos?
Dia desses me permiti experimentar parar de lutar contra tudo isso. Sim, me permiti em anos ser aquilo que de fato sou: um bicho, de cabelo emaranhado, unhas sujas e dentes estragados, sem enfeites nem confetes. Foi quando percebi que toda energia que é despendida diariamente para lutar contra minha natureza cansa muito e dura um tempo insignificante comparado à quantidade de esforço.
O engraçado de acharmos nojento ser o que de fato somos é negarmos isso da maneira mais animalesca que pode existir: com nossas unhas e dentes.